31 de julho de 2012

Coleção Milton Nascimento - Abril Coleções

Depois do sucesso das coleções de Chico Buarque, Tim Maia e Legião Urbana, mais um clássico da música brasileira aporta nas bancas de jornais sob o selo da Abril Coleções. Com o mesmo formato livro-CD das coleções anteriores, incluindo capas originais, letras na íntegra, ficha técnica completa, fotos raras, análises
e texto biográfico criterioso, já está nas bancas o volume 1 e o 2. O primeiro é o batismo fonográfico de Milton, no embalo de seu sucesso no festival com Travessia; o segundo volume é o badalado Clube da Esquina, de 1972, bastante citado aqui no blog e que não pode faltar na discoteca de nenhum homem/mulher de bem.

Segue abaixo, a lista de todos os volumes, na ordem:


01) Milton Nascimento-1967
02) Clube da Esquina
03) Milagre dos Peixes
04) Minas
05) Geraes
06) Caçador de Mim
07) Courage
08) Milton Nascimento-1969
09) Milton-1970
10) Milagre dos Peixes ao Vivo
11) Milton-1976
12) Clube da Esquina 2-parte 1
13) Clube da Esquina 2-parte 2
14) Journey to Dawm
15) Sentinela
16) Anima
17) Missa dos Quilombos
18) Milton Nascimento ao Vivo
19) Encontros e Despedidas
20) A Barca dos Amantes.

Capa do Mês: Pinóquio (Globo Livros)

Achei fantástica essa capa. Esse livro acabou de sair da gráfica e só terá seu lançamento oficial na Bienal Internacional do Livro que começa em São Paulo a partir do dia 09/08. Sob o novo selo "Globo Livros Graphics", esse Pinóquio é uma versão adulta do clássico de Collodi elaborado pelo quadrinhista e cineasta francês Winshluss ( pseudônimo de Vincent Parannaud), codiretor da animação Persépolis (2007). Mesclando técnicas diversas como grafite e tiras de jornais, além do roteiro, o artista, que ganhou por essa obra o prêmio de melhor álbum no Festival de Angoulême de 2009, atualiza a história com pitadas sombrias e um cenário totalmente perverso e corrompido, substituindo o grilo falante por uma barata ( que mora no crânio de Pinóquio) e transformando o velho Gepetto em um inventor maquiavélico. O próprio protagonista deixa de ser um boneco de madeira para virar um robô! A capa original de 2009 foi mantida, com a substituição natural de 'Pinnochio' para 'Pinóquio'. A arte é exuberante; a história, para quem gosta de "contos de fadas" punks, tão em moda atualmente.


30 de julho de 2012

Kerry Callen "mexendo" com os super-heróis


O artista Kerry Callen é o tipo de criador que além de bolar suas próprias obras ( como a série Halo and Sprocket) , também adora "recriar", sempre com bom humor e detalhes surpreendentes, universos que fazem parte de suas influências, como o sugestivo mundo dos super-heróis. Aqui, postei algumas de suas "capas em movimento", feitas por encomenda e que pode ser conferidas em seu blog. Lá, além de outras capas ( geralmente clássicas), também há paródias, mensagens subliminares e novas versões inusitadas de cenas com personagens da Marvel e DC. O blog do artista é: http://kerrycallen.blogspot.ca/.




27 de julho de 2012

Chopnics

Com a morte do Ivan Lessa e a notícia de que Jaguar está adoentado ( no ano de seu 80º aniversário - veja crônica no fim do post ), não me saiu da cabeça a clássica tirinha Chopnics. A idéia de criá-la partiu do publicitário Zequinha de Castro Neves para o lançamento da cerveja Skol em 1964. Zequinha pediu para a dupla Jaguar (desenhos) e Ivan Lessa (textos) uma tira de quadrinhos para ser publicada em dois grandes jornais cariocas ( Correio da Manhã e O Globo). O nome Chopnics surgiu de uma brincadeira com as palavras chopp e beatniks. As histórias mostravam a Ipanema da época, principalmente a praia, os botecos e seus frequentadores, inspirados nos amigos reais dos criadores. Hugo Bidet, figura mítica do Rio e que ganhou seu apelido depois de servir feijoada em um bidê numa festa em sua casa, virou o personagem BD. Logo em seguida surgiu seu alter ego, Capitão Ipanema, que ao pronunciar a palavra mágica SKOL ( à semelhança do SHAZAM do Capitão Marvel original) ganhava superpoderes e defendia como podia a comunidade ipanemense. O detalhe é que se o capitão ultrapasse os limites do bairro, seus poderes desapareciam. O Hugo Bidê de carne e osso tinha um ratinho branco de mascote, a quem chamava de Ivan Lessa, que o acompanhava em sua rota de botecos.

Esse ratinho logo estava nas tirinhas, no ombro do Capitão Ipanema, e seria a inspiração para o famoso ratinho Sig que surgiria ainda no Chopnics e anos depois seria o símbolo do famoso jornal Pasquim. Sig para quem não sabe veio de Sigmund Freud, pois segundo Jaguar, o ratinho era um roador muito neura, atormentado de paixão pelas belas mulheres da época.
Segue entrevista reveladora de Jaguar pelo Jornal da ABI ( não percam o trecho em que ele narra as peripécias do Sig  de verdade - hilário) e  três do "Chopnics", que ficou na história por ser uma tirinha de humor genuinamente nacional (e adulta), num tempo em que só se via nos jornais tiras de aventuras ou infantis. Pena que Jaguar nunca teve saco pra desenhar HQ - seu foco sempre foi o cartum. Mas que bom que por alguns anos, ele tenha se "sacrificado" por essa boa causa. Viva Jaguar e viva Ivan Lessa!
*Entrevista Jornal da ABI: http://www.abi.org.br/primeirapagina.asp?id=3043
*Crônica no O Dia: http://odia.ig.com.br/portal/opiniao/jaguar-piscina-de-cerveja-1.465366
*Três tiras ( só consegui essas na internet, pelo site Abralatas. Para quem quer conhecer mais sobre, dá pra achar em sebos ou em sites de compras o Almanaque do Jaguar 3, especial com os Chopnics - capa no final):




Dércio Marques (1947-2012)

Ontem estava eu escutando na rede, músicas e depoimentos do grande menestrel Elomar. Parei em um programa documentário da TV Cultura postado no Youtube, onde alguns representantes da boa e escondida música dos grotões brasileiros explanavam sobre a genial obra de Elomar. Em uma dessas participações, gravou-se uma roda de cantoria com Saulo Laranjeira ( humorista e pesquisador cultural - o "político corrupto" da Praça) e Dércio Marques. Na hora me atentei na viola de Dércio e me lembrei que já ouvira seu nome e seus dedilhados em obras e faixas diversas da minha discoteca: em uma coletânea homenageando São Tomé das Letras; na produção de LP da Diana Pequeno, descoberta por ele ( e com quem foi casada); e no excepcional LP de sua estréia fonográfica, "Terra, Vento, Caminho" (1977), da gravadora Marcus Pereira, onde grava o ainda pouco conhecido Elomar ("Curva de Rio") e Ataualpa Yupanqui (talvez um dos primeiros brasileiros a interpretá-lo).
Como de praxe fui pesquisar um pouco mais sobre Dércio na internet; e mais uma vez levei um baita tranco: o artista faleceu em junho ( mais precisamente no dia 26/06) depois de uma operação delicada. Mais uma vez, a mídia de São Paulo e Rio ficou devendo  sobre o falecimento de um legítimo e original artista de nossas raízes - saiu notinha no Terra, no Luis Nassif Online, uma boa matéria no Correio Popular de Campinas e o Wiki atualizou seu perfil ( as TVs passaram longe). O resto saiu na mídia mineira ( ele é natural de Uberaba e ultimamente vivia entre sua terra natal e a Bahia) e nordestina. Muito pouco para quem era reconhecido no meio como um dos grandes violeiros brasileiros. Para Xangai, companheiro de inúmeras apresentações, ele era "um musicaço, que deveria ser mais reconhecido por sua dignidade, competência e talento". Para Elomar, "o maior menestrel do Brasil". Violeiro, cantor, compositor, produtor e pesquisador musical, Dércio foi um dos maiores incentivadores e propagadores do folclore e das cantigas tradicionais da cultura popular. Dividiu palco com baluartes dessa tradição, como João do Vale, Heraldo do Monte, Oswaldinho do Acordeon, Elomar ( de quem foi um dos primeiros produtores), João Bá, entre tantos outros, e pesquisou exaustivamente as tradições e raízes musicais brasileiras, principalmente em seu cerrado natal.

Neste seara, destacam-se dois trabalhos primorosos: o disco "Fulejo"(Copacabana, 1983), onde mergulhou no Vale do Jequitinhonha atrás das verdadeiras congadas mineiras e o CD Folias do Brasil (2000), com foco na tradicional Folia de Reis. Ao lado de sua grande parceira em pesquisas, a irmã Doroty Marques, realizou um extenso trabalho de oficinas junto à 240 crianças de Uberlândia, que resultou no belo disco infantil "Monjolear", indicado ao prêmio Sharp em 1996. Um pouco antes já havia criado canções desse universo no disco "Anjos da Terra", para sua filha Mariana. Seu LP de 1979 pela Copacabana, "Canto Forte - Coro da Primavera", outro marco no nível do primeiro, foi produzido pela irmã Doroty e contou com um time formidável: Toninho Carrasqueira, Paulinho Pedra Azul, Oswaldinho do Acordeon, Heraldo do Monte, Zé Gomes, Irene Portela, o violonista Marco Pereira, etc. Também foi um dos primeiros compositores a inserir com seriedade o tema ecologia em suas músicas, principalmente sobre o bioma cerrado, tão presente em sua infância. Esse post, mesmo atrasado, é minha humilde homenagem à esse artista verdadeiro, que deixou pegadas profundas no solo brasileiro, principalmente em terras a muito abandonadas pelos holofotes midiáticos.
Algumas de suas canções/ interpretações:
* No programa Sr. Brasil do Rolando Boldrin: http://www.youtube.com/watch?v=8VDMwUu3LME
* Roda Gigante: http://www.youtube.com/watch?v=OFkkADAmrBM
* Marianinha: http://www.youtube.com/watch?v=QoLrR9su4yg&feature=related
* Natureza Oculta: http://www.youtube.com/watch?v=ZXU9k-mqWcA&feature=related
* Ciranda Lunar (com Daniela Lasalvia e Amauri Falabella) : http://www.youtube.com/watch?v=Rl3T9a8SeVU&feature=related
* Especial Cultura: http://www.youtube.com/watch?v=uOw3ux0qt1o&feature=related

Doodle olímpico

O Google está gastando "doodles" neste mês. Já homenageou Santos Dumont (já postado aqui) e a aviadora americana Amelia Earhart(aqui: http://sobreisso.com/wp-content/uploads/2012/07/google.png?9707a5) . Hoje, dia da abertura das Olimpíadas de Londres, apareceu mais uma ilustração especial, desta vez em homenagem aos jogos, com traços estilizados envolvendo com criatividade o logotipo do site de busca. Mais um trabalho legal da equipe criativa - deveria ter ficha técnica elencando os responsáveis...

26 de julho de 2012

Anima Mundi 2012

O Anima Mundi 2012 já está rolando à toda desde ontem em São Paulo. Além do número recorde de animações, o festival passa a contribuir com a seleção oficial do Oscar: a partir deste ano, o curta ganhador da mostra principal competitiva pode inscrever-se entre os pré-selecionados à estatueta da Academia de Hollywood. É a prova da legitimidade e importância conquistada pelo festival em seus 20 anos de vida.
Sigam a programação: http://www.animamundi.com.br/pt/festival/informacoes/programacao-rio-e-sao-paulo:646.html

24 de julho de 2012

Hunky Dory: a primeira obra-prima do camaleão

David Bowie incontestavelmente é o "camaleão" do rock, não só pela sua natural disposição em mimetismos vestuais e faciais mas também pelo seu caldeirão de influências, derramado nas canções híbridas de seu vasto acervo e em suas modulações vocais teatralizadas. Nascido David Robert Jones, usou seu nome de batismo nas primeiras composições (David Jones), mas como já havia um quase homônimo fazendo sucesso (Davy Jones integrante dos Monkees, falecido em fevereiro deste ano)  optou pelo Bowie. Com o novo sobrenome lançou o primeiro disco homônimo, de 1967,  já permeado de influências como Bob Dylan/folk , Syd Barret/Pink Floyd, movimento hippie, rock londrino e os beats, mas sem sucesso algum, talvez por sua dispersão. Já o segundo (também homônimo, mais tarde chamado de "Space Oddity") também não vende o esperado, embora inclua seu primeiro sucesso ( lançado um pouco antes como single), Space Oddity, hit totalmente influenciado pelo clima kubrickiano de "2001" e que tocou exaustivamente até a virada da década (foi usada pela BBC na chegada do homem à Lua). Já conhecido, mas ainda descontente e um tanto perdido, Bowie lança em 1970 o ótimo "The Man Who Sold the World", recheado de hard rock e bem mais solto que os discos anteriores - a impressão que dá ao ouví-lo é que causaria menos estranhamento se fosse lançado uns três, quatro anos depois (Bowie sempre adiante). Mick Romson, amigo e parceiro de Bowie por anos, escancara sua guitarra mágica nessa obra.
É com esse "represamento" artístico que Bowie lança em 1971 "Hunky Dory", sua primeira obra-prima. Salpicando todas as influências anteriores com uma tranquilidade e serenidade inéditas até então, o disco não tem faixa mediana - de uma maneira ou outra, todas parecem perfeitas - e enfileira futuros hits como Changes, Oh You Pretty Things, Kooks ( para o recém nascido filho) e Life on Mars com as pérolas lapidadas Song for Bob Dylan, Andy Warhol ( que David conhecera um ano antes nos EUA e influenciaria toda a sua estética posterior) e a bela Quicksand, além de canções enigmáticas e herméticas, sem preocupações comerciais, mas totalmente climatizadas com o resto, caso de Eight Line Poem (prenúncio das homenagens do disco) e The Bewley Brothers e duas faixas antenadas com a virada da década: Queen Bitch, a la Velvet Underground ( e justamente uma homenagem à  Lou Reed) e Fill Your Hearth ( de Biff Rose e Paul Williams), cinematográfica e orquestrada, em sintonia com as trilhas contemporâneas em formato de "crônicas". Um dos que ajudaram Bowie a moldar esse intrincado clima melodioso foi o ainda pouco conhecido Rick Wakeman, futuro mago do teclado progressivo. Usei "futuros hits" pois embora Hunky Dory emocione e /ou sensibilize grande parte de seus privilegiados ouvintes, na época não vendeu grande coisa ( nenhuma novidade na carreira de Bowie até então, com exceção de Space Oddity, o single). Ele só foi devidamente notado e cultuado a partir do disco posterior, The Rise and Fall of Ziggy Stardust and The Spiders from Mars, a obra prima (essa sim) que iria catapultar Bowie para sempre no panteão dos grandes do rock e iria demarcar o território do camaleão inglês. Mas para se chegar a essa clareira luminosa, David Bowie precisou criar pequenos lampejos anteriores, entre 1966 e 1969, e moldar uma delicada pintura sonora chamada Hunky Dory, a primeira de suas obras primas. No Brasil, esse disco é cultuado mas pouco visto à venda em feiras e encontros de vinis, o que é uma grande pena ( o disco hard de 1970, com Bowie de vestido na capa, é mais comum).
Segue a íntegra das faixas, em um belo trabalho de seleção e layout do blog ROCKONTRO, apaixonada confraria roqueira de Goiás, e uma versão fantástica de Seal para Quicksand (acústico MTV):
http://www.rockontro.com/galeria-videos.php?view=69&titulo=David%20Bowie:%20Hunky%20Dory
http://www.youtube.com/watch?v=t39EtXBgXh0

Atualizando: disco na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=YQTENuQYgjM

20 de julho de 2012

Santos Dumont é homenageado com Doodle

Hoje, 20-07,o Google homenageia Santos Dumont, com esse simpático "Doodle" ilustrado comemorando os 139 anos de nascimento do nosso Pai da Aviação.

18 de julho de 2012

Vale Tudo, o musical

Tiago Abravanel, seu substituto Danilo Moura e elenco da montagem
Na sexta passada, eu e family fomos conferir o musical Vale Tudo, no Teatro Procópio Ferreira, baseado no best seller homônimo de Nélson Motta sobre vida e obra de Tim Maia. Soubemos um pouco depois de comprar os ingressos pela internet, que o ator Tiago Abravanel, neto de Sílvio Santos e protagonista do musical, fora substituído por Danilo Moura, o que se por um lado deixou-nos com o pé atrás, também nos fez refletir que nessas horas o substituto certamente não é um farsante qualquer. E logo na primeira música o ator mostrou que está à altura da grandiosidade da montagem. Não conseguimos ver ao vivo o talento de Abravanel, incensado por público e crítica, não sendo possível comparações, mas comprovamos o quanto Danilo Moura se entregou em seu papel, cantando magistralmente bem e atuando com desenvoltura - sem contar que engordou mais de dez quilos pra encarnar Tim. O elenco, entrosado desde o ano passado, também manteve o pique incessante (são mais de três horas de espetáculo, com um intervalo de meia hora) e mostrou fôlego nas canções (26 ao todo). Destaque para os momentos de humor e os backing vocals, formidáveis. Destaque também para Evelyn Castro, finalista do programa Fama em 2005 que interpreta a mãe de Tim entre outros papéis ( todos os artistas interpretam vários personagens). A direção ágil de João Fonseca, tarimbado em musicais mais o texto direto e reto, sem firulas de Motta ( tal qual o livro) fazem do espetáculo um grande filme ao vivo para os olhos, fazendo valer o ingresso e merecer os louros. Valeu tudo.

16 de julho de 2012

John Lord (1941-2012)

Morreu hoje, mais um dos gênios incontestes do rock. John Lord, além de ajudar a fundar o Deep Purple, perpetuou para sempre o teclado "heavy", quando muitos não conseguiam imaginar liga no encaixe teclado/rock pesado. Passou também pelo Whitesnake, mas suas raízes estiveram sempre no DP, onde permaneceu de 1968 a 1976 e na volta, a partir de 1982 até sair em 2002. Deixou inúmeros momentos memoráveis, embora a sua participação na faixa Child in Time do primeiro grande disco do Purple, in Rock, de 1970, seja um dos mais lembrados e comentados. Vamos a ele ( ouvir a arte de John Lord é o melhor a fazer em sua homenagem):
http://www.youtube.com/watch?v=PfAWReBmxEs&feature=fvst

12 de julho de 2012

Pra celebrar os 50 anos, discos e shows dos Rolling Stones na íntegra

Nada melhor que comemorar esse marco inédito no rock da forma mais natural possível: ouvindo os Rolling Stones. Selecionei alguns shows e discos memoráveis da longeva carreira stoneana, na íntegra:
* Stripped (DVD) - 1994 - http://www.youtube.com/watch?v=S2OJ6gZ7B9g
* Beggars Banquet (Album) - 1968 - http://www.youtube.com/watch?v=W_g44L5w-Ds
* Goats Head Soup (Album) - 1973 - http://www.youtube.com/watch?v=NEJ_hLV9aAM
* Place Pigalle Vol.1 (Album) (série rara de bootlegs) - http://www.youtube.com/watch?v=ebrw0v7OCzs
* Rolling Stones (Album) - 1964 ( o primeiro LP!) - http://www.youtube.com/watch?v=w79z_Fsnu_U
* Some Girls (Album)-1978( c/ 12 extra tracks) - http://www.youtube.com/watch?v=ayLC1VEOv4o
* Show no Garden State em New Jersey - 1978 - http://www.youtube.com/watch?v=c7ILNFUlQyM
* Sticky Fingers (Album) - 1971 - http://www.youtube.com/watch?v=OeUMrG1XuHY
* Still Life (Album Live) - 1982 - http://www.youtube.com/watch?v=1KXMEpKIuX4
* Black and Blue(Album) - 1976- http://www.youtube.com/watch?v=wcRV6PSjJ30&feature=results_video&playnext=1&list=PLFC75E015E066B1C0
* Let it Bleed (Album) -1969 - http://www.youtube.com/watch?v=LaMnoG5brY0
* Stones & Muddy Waters - Sweet Home Chicago (Album live) -http://www.youtube.com/watch?v=f_eMWRV27Is
* Live in Bremen (1998) - http://www.youtube.com/watch?v=ymTZeyFL7M8
* Concert in 1964 - http://www.youtube.com/watch?v=XhFbpUGteMQ&feature=related
* Stones in the Park (DVD) 1969 - http://www.youtube.com/watch?v=uYPFrUzp87w&feature=related
* Live Marquee Club London - 1971 - http://www.youtube.com/watch?v=3Gf-CXBCfhY&feature=related
* Live Detroit - 1975 - http://www.youtube.com/watch?v=plMLus_mRZA&feature=fvwrel
*Tatto You (Album) - 1981 - http://www.youtube.com/watch?v=gicVEtEhn0M

É hoje: 50 anos de Stones


Mick Jagger, Keith Richards. Ron Wood e Charlie Watts posam em frente a cenário que remete ao Marquee Club, primeiro lugar onde a banda se apresentou em 12/07/1962 (Foto: Reuters/Rankin/Handout)
O grupo elegeu hoje, 12-07, o dia D para as comemorações dos 50 anos da banda. Uma data redonda, pois em 12-07-1962 o grupo, com Mick Jagger, Keith Richards e Brian Jones (na liderança) e mais dois músicos, fez seu primeiro show, no Marquee Club de Londres. Charlie Watts e Bill Wyman entrariam pouco tempo depois na banda e essa formação se manteria até a morte prematura de Jones, em 1969. Mick e Keith voltaram a se falar, depois da última picuinha causada por adjetivos pouco lisonjeiros na autobiografia “Vida” do guitarrista. Keith comentou na semana que eles até se reuniram para alguns ensaios, embora show mesmo só se cogita para 2013. Enquanto isso, projetos e comemorações se espalham. Hoje tem exposição fotográfica em Londres, com a presença da banda (a cobertura do evento pode ser acompanhada no blog linkado lá embaixo). Um livro com imagens inéditas e raras sai ainda neste mês e um documentário está previsto para setembro. A semana no Brasil foi de muitas produções especiais do cinqüentenário. A Globo News fez um programa bem acabado, embora curto, em seu Arquivo N,com a presença de Frejat, João Barone, Claudio Julio Tognolli e Pitty e muitas imagens de arquivo (íntegra abaixo). A TV UOL também produziu uma interessante série com bandas e músicos brasileiros interpretando uma música stoneana, entre eles, Nasi, RPM, Agridoce, A Banda Mais Bonita da Cidade e Tiê ( link abaixo). A foto que ilustra este post é a oficial do cinqüentenário, a primeira com todos juntos desde 2008. Essa pedra pelo jeito, ainda vai ficar cravada no meio da longa estrada do Rock por muito tempo.
* Blog Stone Planet Brazil - http://stonesplanetbrazil.blogspot.com.br/

10 de julho de 2012

Floreal e seu "Subúrbio" mágico

Floreal é um grande cara. Apaixonado por cultura, principalmente quando ela surge na forma de quadrinhos, artes, cinema, literatura e música, já suou muito a camisa e gastou muito material de desenho em seus 30 anos exatos como cartunista/quadrinhista, iniciados na Folha de S.Paulo em caderno editado por Angeli. Atualmente publica no jornal Graphiq, de Mário Latino, dá uma força para o casal Gual/Daniela na Livraria HQMix e povoa seu blog pessoal (http://florealandrade.blogspot.com.br/ ) com cartuns e quadrinhos que marcaram sua premiada carreira. Do material mais novo, adoro a série Subúrbio, a mesma que ele publica no Graphiq e replica na internet (colei duas páginas aqui para apreciação). Com sensibilidade sem pieguice, saudade sem saudosismo e senso histórico sem didatismo, ele relembra sua infância/juventude e a cultura dos anos 60/70 com informações precisas em desenhos leves/soltos que sempre revelam um pouco sobre sua cidade natal, São Miguel Paulista, sua família e amigos, e também  alguns colegas de profissão, homenageados em pequenas crônicas desenhadas. 




As colagens, principalmente com seus gibis prediletos de todos os tempos, dão um charme adicional aos quadrinhos. Vale muito a pena seguir seu blog – eu fico sempre esperando um novo post clássico ou uma nova sequência do seu ‘Subúrbio’ mágico. Obrigado, Floreal, por me rejuvenescer com seu universo atemporal.



3 de julho de 2012

Capa do Mês: Revista Raízes 45


Pulei a seção "Capa do Mês" no mês passado por não ter encontrado uma capa que me chamasse a atenção no período. Já, neste mês, adorei a solução encontrada para a capa da revista histórica semestral da minha cidade São Caetano, Raízes. Ícones da infância dividem espaço na cena: cavalinho artesanal, carrinho esportivo de ferro, vitrolinha colorida, sanfoninha, aviõezinhos em porta-aviões, bola, bonequinha e fotos com crianças e seus brinquedos. Eis então em destaque, a fronte da revista, que já virou referência entre as publicações históricas municipais do país.
Para saber mais detalhes sobre o lançamento, programado para depois de amanhã (05/07), aqui: http://culturaiblog.blogspot.com.br/2012/07/revista-raizes-45.html

1 de julho de 2012

No Prêmio HQMix 2012

Fazia muito, muito tempo que eu não ia a uma entrega do Troféu HQMix - fui nas primeiras edições, entre os anos 80 e 90.Ontem, sabadão dia 30, eu, Cris e crianças fomos à premiação do 24º Troféu HQMix, no Sesc Pompéia. Uma noite muito tranquila e agradável. E cheia de nuances. Na platéia, fãs dos quadrinhos, familiares dos premiados e a presença maciça de profissionais do meio. Dos que avistei ou cumprimentei na platéia: Manoel de Souza e vários de seus colaboradores da Revista Mundo dos Super Heróis ( melhor mídia de quadrinhos), logo na entrada.  A dupla de grandes, Fernandes e Gilmar, representando o nosso ABC, bem na minha frente ( foto abaixo) .Os irmãos Paulo e Chico Caruso que ficaram bastante tempo nos bancos laterais, até o anúncio da premiação para o Festival Internacional de Humor do Rio - onde ambos apareceram no vídeo (quando Serginho Groisman perguntou por eles, eles já tinham saído). O ilustre Professor Waldomiro Vergueiro, um dos maiores especialistas de quadrinhos no Brasil. Marcos Venceslau, com seu fanzine Subterrâneo na mão. Will Sideralman, que logo subiria no palco para receber o seu prêmio. Sidney Gusman, o Cidão, da MSP, com um sorriso de orelha a orelha.
Na platéia, muita emoção e novidades. Cheguei com Maringoni recebendo seu prêmio ( Livro teórico - Angelo Agostini) e logo em seguida os sócios atuais da Editora Devir homenagearam Mauro dos Prazeres, sócio-fundador da editora, falecido neste ano. O editor Toninho Mendes, amigo do saudoso publisher, também leu um poema em sua homenagem, na sequência de uma breve e emocionada presença do filho de Mauro.
Geral do 24ºHQMix. Serginho Groisman, eterno apresentador do evento, recebe homenagem de aniversário no telão. De costas, logo a minha frente, a dupla Gilmar (de preto) e Fernandes, grandes artistas da minha região.
Serginho Groisman, apresentador da premiação pela 24ª vez, ou seja, de todas as edições ( e diga-se, sem cachê nenhum), espirituoso como sempre, mexeu com Laerte, brincou com Angeli, ganhou bolo de aniversário e parabéns roqueiro ( puxado pela boa banda Fábrica de Animais). Explicou aliás, porque estava trabalhando no seu níver: descobriu a pouco tempo que nasceu no dia 30 mesmo, 1h da manhã, mas a sua mãe resolveu registrar seu nascimento no dia 29 por achar que o trabalho de parto já era simbolicamente o nascimento. Pra não mudar a tradição de anos, Groisman continua comemorando seu aniversário no dia 29 mesmo. Laerte subiu no palco maquiado e de vestido e esse seu novo estilo de vida já não causa tanto estranhamento, pelo menos no meio dos quadrinhos. Angeli, no palco, comentou que está se sentindo mais "velho" e sossegado, ainda mais agora que tornou-se avô. Marcatti, em um discurso ligeiro mas bem emocionante, explicou a importância do prêmio "Grande Mestre dos Quadrinhos" dado a ele. os gêmeos Gabriel Bá e Fabio Moon brincaram e recomendaram à platéia que todos "arrumem" um irmão gêmeo, por ser muito inspirador e dar certo - citaram inclusive os outros irmãos gêmeos premiados na mesma noite, Magno e Marcelo Costa. Família, aliás, foi o grande catalizador da noite. Além do assunto irmãos, houve aplausos efusivos a uma mãe ( do Dálcio Machado, melhor cartunista, que fez questão de anunciar sua presença na platéia) e um dos premiados que subiu ao palco com a irmã, como forma de demonstrar toda a importância da mana na sua obra ( foi o Lellis ou o Ruas? essa eu acabei me distraindo, depois de voltar do banheiro).
Fui embora antes do término, mas ainda consegui ver subindo ao palco, Daniel Esteves e Will ( o primeiro subiu fazendo uns "passinhos de dança"), Wellington Srbek ( da Editora Nemo por Arzach de Moebius), a equipe criadora de Terapia ( melhor web quadrinhos),Vitor Cafaggi ( novo talento - roteirista) e o grande vencedor da noite ( ao lado da equipe de Mauricio de Sousa) Gustavo Duarte, com três premiações ( entre elas, melhor desenhista do ano), todos eles, muito aplaudidos. Perdi a entrega do André Diniz, melhor roteirista, uma grande figura com quem já troquei correspondência. E também não consegui cumprimentar o presidente do HQMix, Marcelo Alencar, velho conhecido meu da Abril, que fez uma ótima gestão e uma premiação das mais democráticas.
Entre as novidades, uma veio do FIQ, que anunciou Laerte como próximo homenageado do festival, ano que vem. Já o vereador Paulo Gabriel veio expor que o MAG (Museu de Artes Gráficas) pode virar realidade muito em breve, mas só irá à votação se houver uma grande movimentação por parte da categoria. Novidade? E a Eliana Caruso, do Festival Internacional de Humor do Rio trouxe uma ótima notícia: já está sendo produzida no Arpoador, em homenagem ao recém falecido Millôr Fernandes, uma escultura vazada para que se veja o pôr do sol na praia - um velho costume do mestre. 
Gabriel, mais novo leitor da Chiclete com Banana, ao lado do mestre Angeli. E eu, adorando a cena.
Para fechar com chave de ouro, consegui encontrar Angeli com sua esposa na porta do teatro e depois de contar-lhe que consegui guardar a coleção completa de Chiclete com Banana, já devidamente destrinchada pelo meu filho Gabriel, pedi ao criador uma pose para foto ao lado de seu jovem leitor ( foto acima, incluindo o penetra aqui). Valeu, grande Angeli.
Que venha o 25º, com essa mesma disposição e emoção. Se Deus quiser, eu não perco mais.