27 de março de 2013

Fernandes e Seri em exposição

Oscar Niemeyer by Fernandes (caricatura três vezes premiada)
Cartum premiado de Seri


Até o dia 13 de abril, dois dos maiores ilustradores do Brasil estarão com suas charges e caricaturas em exposição. A mostra está na Casa do Olhar em Santo André e traz 80 trabalhos de Fernandes e Seri, ambos com décadas de labuta artística e atualmente trabalhando no Diário do Grande ABC. Fernandes, nascido em Avaré-SP, desenha em todas as frentes: cartum, ilustração, caricatura, charge e quadrinhos. Inclui também a escultura em suas (poucas) horas vagas. Já foi premiado inúmeras vezes em salões de humor e  é considerado pelos seus pares como um dos mais completos caricaturistas brasileiros. Seri nasceu na Baixada Santista e também é premiadíssimo. Dois de seus temas preferidos nos salões são o meio-ambiente e a educação. No Diário do Grande ABC, além de dividir as charges com Fernandes, também produz uma tirinha diária de muito sucesso. Pra mim foi uma grande honra ter participado do livro de caricaturas "Brasil do Bem" do ano passado, que incluiu trabalhos desses dois grandes artistas - grandes não só no traço, mas também na personalidade. Vê-los juntos em uma mostra, e de graça!, realmente não tem preço.

Exposição de Charges e Caricaturas 

Casa do Olhar - Rua Campos Sales, 414, Santo André. Tel.: 4992-7730. Visitação: de ter. a sáb., das 10h às 16h. Grátis. Até 13 de abril.

21 de março de 2013

Alvin Lee (1944-2013)

Alvin Lee, um dos mais rápidos guitarristas do mundo, faleceu dia 6 último e eu só soube hoje! Uma grande perda para a música, Alvin era daqueles puros, que tocavam por paixão, e sua performance em Woodstock ( que eu cheguei a postar aqui) junto ao Ten Years After, banda que ajudou a fundar e jamais largou, é um dos grandes momentos daquele festival. Seus shows duravam horas, suas versões blueseiras passavam invariavelmente dos 5 minutos e geralmente tocava com os olhos revirados ou fechados, típico de quem sentia a música tocar a alma. Siga em paz, Alvin.
http://www.youtube.com/watch?v=GF7pjA7nCWo (ao vivo - 1978)
http://www.youtube.com/watch?v=nfsc_2jlLas (A Space in Time - Full Time)
http://www.youtube.com/watch?v=foopZvhQRZw (ao vivo no Filmore East)
http://www.youtube.com/watch?v=bW5M5xljdCI ( ao vivo em Woodstock)

20 de março de 2013

Emílio Santiago (1946-2013)

Emilio Santiago é considerado unanimemente uma das melhores vozes da nossa música brasileira. Faleceu nessa manhã, mas deixa um grande legado de interpretações suaves e classudas. Sua escola é aquela mesma do Noite Ilustrada, mas sua intensidade vocal extrapola qualquer comparação. Fez sucesso em bailes, bares, programas de calouros ( Flavio Cavalcanti) e festivais ( ganhou o MPB Shell em 1982 com "Pelo Amor de Deus" e como melhor intérprete no Festival dos Festivais de 1995). Nos anos 80, iniciou, sob a batuta de Roberto Menescal e Heleno Oliveira, a série Aquarela Brasileira, onde interpretava grandes números da MPB. Foi seu maior sucesso na carreira - a série com sete discos vendeu mais de quatro milhões de cópias. Nos últimos tempos fundou uma gravadora, a Santiago Music, e lançou pelo selo seu último disco, "Só Danço Samba (Ao Vivo)", obra que ganhou o Grammy Latino 2013 de Melhor Álbum de Samba/Pagode. A sua grande voz fica e continuará a ser ouvida por ouvidos que sabem ouvir música de qualidade.
Abaixo, três grandes momentos de Emílio Santiago: cantando Saigon (original), uma de suas interpretações mais admiradas; cantando "Verdade Chinesa" outro sucesso incontestável; e no DVD "O Melhor das Aquarelas" (íntegra), com o melhor da série "Aquarela Brasileira", gravado em 2005 no Canecão.
http://www.youtube.com/watch?v=HWh66s9Sjuc
http://www.youtube.com/watch?v=ELi6rGlHN98
http://www.youtube.com/watch?v=lY0vAybPJzU

O novo Mickey

divulgação
Mickey tem 85 anos de idade e já passou por algumas mudanças bruscas em sua história. Nos quadrinhos, por exemplo, passou das gags de jornais (ainda de "calças curtas") para as aventuras mais longas nos comics books (como nas histórias detetivescas desenhadas por Paul Murry) e voltou ultimamente nos gibis para seu short vermelho clássico. Na animação, teve inúmeras releituras, chegando a estrelar até série em 3D. Em 2013, a Disney mais uma vez se volta para o icônico personagem e com desenhos de Paul Rudish, um dos responsáveis pela caracterização de "As Meninas Superpoderosas" e "O Laboratório de Dexter", retoma suas origens de movimentação frenética e acelerada. Se a desenvoltura é dos anos 30, os cenários, modernos, se passam em cidades como Paris, Nova York e Beijin. A série, com início previsto para 28 de junho deste ano, terá 19 curtas inéditos em 2D, feitos para a TV e canais da Disney na web. O primeiro divulgado ("Croissant de Triomphe") traz o personagem pelas ruas de Paris, motorizado, em contato telefônico com sua eterna namorada Minnie. Já imaginando que essa nova roupagem/postura de Mickey possa chocar os fãs mais radicais (aqueles que preferem o Mickey mais sério/adulto, por exemplo), a produtora já se antecipou informando que a série virá recheada de homenagens e referências ao legado de Walt Disney.
O vídeo pode ser visto no ótimo blog quadrinhosantigos:
http://quadrinhosantigos.blogspot.com.br/2013/03/mickey-croissant-de-triomphe.html


18 de março de 2013

Jards Macalé 70

Jards Macalé completou 70 anos de vida no início do mês e tudo leva a crer que 2013 será um grande ano para o compositor, visto o início comemorativo promissor à sua efeméride. O selo Discobertas, sempre "cavocando" raridades fonográficas, relançou no início do ano, o primeiríssimo disco de Jards, "Só Morto", originalmente um compacto duplo, e agora com a remasterização, acrescido de dez faixas resgatadas pelo produtor Marcelo Fróes entre 1970 a 1973. As músicas originais, lançadas em compacto de 1969 pela RGE (capa acima), são: "Soluços", "O Crime", "Só Morto (Burning Nights)" e "Sem Essa", todas gravadas com a participação da mítica banda Soma, de vida curta mas intervenções históricas, e ainda Naná Vasconcelos e Zé Rodrix. Além desse disquinho, o ano começou também com shows maravilhosos de Macau (apelido carinhoso dos mais chegados) e certamente vem muito mais por aí. Jards Macalé faz parte daqueles músicos extraordinários que certos círculos das gravadoras da ditadura militar quiseram taxar de "malditos" e que por um bom tempo realmente acabou colando neles e prejudicando deveras a carreira musical: além do próprio Jards, Luiz Melodia, Itamar Assumpção, Sérgio Sampaio, Tom Zé, entre outros. Todos eles com experimentações na manga , temperamento forte - e por isso não aceitando entrar  no "jogo dos ratos" - e com uma discografia pequena em relação aos anos de labuta. Eu tenho do Jards os LPs Jards Macalé (de 1972) e Aprender a Nadar (1974), clássicos absolutos que eu não largo mão. Tenho também o CD com o Naná Vasconcelos, que saiu pelo selo Rock It. Com a internet veio enfim a redenção desses músicos únicos e nesse século XXI se tornaram benditos e conhecidos pela molecada antenada e tribos culturais espalhadas pelo país. Jamais poderia ser taxado de "maldito" um músico como Jards, que produziu e trabalhou com afinco em clássicos discos pós-tropicalistas como Transa (Caetano Veloso) e Le-Gal (de Gal Costa), além de seu trabalho consistente de direção com Maria Bethânia desde o show Opinião (1965). Fez uma das músicas mais emblemáticas da era Médici ("Vapor Barato", com Waly Salomão, regravada várias vezes e hit nas mãos do Rappa). Fez história em festival (FIC) ao chocar direita e esquerda na apresentação gritada de Gothan City (música dele e de Capinam, de 1969), onde foi vaiado sem exceções (e comentado depois por ele assim: - "dormi bendito e acordei maldito"), o que lhe deu pilha para uma performance ainda mais chocante seis anos depois, quando devorou maçãs e rosas no Festival Abertura ao cantar "Princípio do Prazer". Foi um parceiraço nos anos 70 do seu ídolo Moreira da Silva. Pintou e bordou desde então, mesmo sendo categoricamente limado das grandes gravadoras - participações especiais e trilhas sobraram entre os anos 80 e 90, à margem dos poucos discos lançados. E nesse século que começa, Jards Macalé já lançou duas vezes mais discos que entre os anos 70 e 90, além de shows sempre lotados. Jards faz 70 com muita sede&fome&vontade. Para saber todos os detalhes dessa saborora carreira ( que tem mais do que os 50 anos que andam dizendo por aí) vale a pena ler a entrevista/biografia feita a alguns anos por Dafne Sampaio do site Gafieiras, talvez o mais completo perfil do músico. E pra completar, a última, mais econômica, feita para a Folha neste mês e algumas das músicas do disco resgatado.
http://gafieiras.com.br/entrevistas/jards-macale/biografia/
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/96560-quero-viver-mais-70-para-consertar-as-merdas-que-fiz.shtml
http://www.youtube.com/watch?v=vrLiI9wv5oE (Só Morto)
http://www.youtube.com/watch?v=sqc09e2iDLI (Sem Essa)
http://www.youtube.com/watch?v=_7UZJSiRsI8 (O Crime)

15 de março de 2013

Lançamento de "E Benicio criou a Mulher..." de Gonçalo Jr.

O incansável Gonçalo Jr esté mais uma vez às voltas com um lançamento de livro. Hoje, na Livraria da Travessa em Ipanema/Rio de Janeiro, o autor lança "E Benicio Criou a Mulher" ( Opera Graphica), mais uma obra apaixonada e apaixonante de um pesquisador/historiador de mão cheia. Com ele na noite de autógrafos, estará o próprio Benício, o que faz do lançamento um evento imperdível. Pra quem está longe como eu, só resta esperar mais essa obra imprescindível de Gonçalo aparecer nas livrarias. O gaúcho José Luiz Benício, pra quem não sabe, é um dos maiores ilustradores do Brasil e da sua criatividade artística surgiram as melhores capas de livros de bolso e maravilhosos cartazes para o cinema nacional ( entre 1965 e 1985 - além de muitas pornochanchadas, todos os filmes dos Trapalhões no período tem a arte dele) - suas mulheres são clássicas e muitas vezes superam as modelos. A Travessa fica na Rua Visconde de Pirajá, 572, em Ipanema - o evento é a partir das 19h de hoje.


14 de março de 2013

Documentário com Leminski na íntegra

Nesse Dia da Poesia (14/03), vale a pena rever a presença impávida de Paulo Leminski (1944-1989). Esse documentário, "Ervilha da Fantasia", de 1985, foi realizado por Werner Schumann para a TV e traz o escritor curitibano em toda a sua força narrativa, em uma enxurrada de elocubrações e pensamentos diversos, tendo a poesia como tema central. Na íntegra:
http://www.youtube.com/watch?v=zkl57-hC3ko

12 de março de 2013

Três décadas depois, música inédita de Frejat/Cazuza é resgatada

divulgação
Em 2012, nas comemorações de 30 anos do primeiro LP do Barão Vermelho ( homônimo), a banda foi atrás das masters das gravações para o relançamento do disco e se deparou com os vocais de Cazuza para uma música inédita chamada "Sorte e Azar'. Na época não ficou entre as escolhidas para o LP pois o produtor Ezequiel Neves era extremamente supersticioso e achou melhor não incluir uma letra que falava em "azar" logo no primeiro disco. A gravação é na medida, Cazuza puro em sua carga emotiva, e os integrantes do Barão não tiveram dúvidas: gravaram uma nova base para a master resgatada, mantendo na íntegra o vocal do saudoso poeta. Essa gravação vem tocando desde então (em doses homeopáticas) na trilha da novela Salve Jorge. Para quem viveu os anos 80 como eu e viu Cazuza & Barão desde o início, essa gravação realmente emociona e com certeza é uma das melhores composições daquela fase. Em sua versão 2013 - somando a interpretação primorosa com a regravação dos instrumentos - ela se torna uma pepita reluzente, um blues rascante reinando na parada musical atual pouco inspirada. Da-lhe Barão. Da-lhe Cazuza.

Uma grata surpresa: Titeuf


Confesso que via o Titeuf só de relance nas livrarias e acho que passei uma vez por ele na internet - estava procurando outros assuntos e acabei não prestando muita atenção nesse personagem francês criado por Zep. Até que neste início de mês, zanzando pelas prateleiras da Saraiva, me deparei com essa capa sui generis acima e resolvi dar uma olhada mais aprofundada em suas páginas. E foi uma grata surpresa! o espevitado Titeuf, sucesso na Europa faz tempo, não é daqueles garotos dos quadrinhos que falam e agem como adultos. Sua alma está mais ligada à obras como Calvin, em que o universo infantil, embora interaja com o adulto, não perde sua essência. Aliás, é esse olhar sincero, ingênuo, estabanado e ao mesmo tempo sem semancol, cru e livre que envolve cada história colorida (que se fecham em cada página do álbum) e surpreende o leitor. É um personagem infantil? sim. Mas tão abrangente em seu enredo que um único volume como esse (de 50 páginas) pode trazer temas díspares como flertes, família, drogas, rivalidades, doença, emprego, brigas dos pais, turma, brincadeiras & travessuras, escola, sexo - alguns bem indigestos e difíceis, mas tratados pelo autor com a naturalidade e perspicácia inerente aos pequenos. Titeuf foi criado há 20 anos pelo quadrinhista francês Philippe Chappuis (Zep - pseudônimo que homenageia o Led Zeppelin) e é publicado atualmente em 25 países. Por aqui já teve três álbuns lançados - contando esse, "Do que Elas Gostam..." - pela V&R Editoras. Embora o mercado de quadrinhos no Brasil seja imprevisível, acredito que este simpático e atirado menino topetudo tenha tudo para se dar bem nas livrarias.

10 de março de 2013

Capa do Mês:Maurício e Mônica cinquentona no Almanaque Saraiva

divulgação
Muito bacana a capa do Almanaque Saraiva de março com o pai da Mônica. A foto em fundo vermelho é de autoria de Kiko Ferrite ( que pude conhecer pessoalmente em minha passagem pela Editora Abril) e traz Maurício de Sousa segurando orgulhoso a revista Mônica nº1, lançada originalmente em 1970 pela Editora Abril. O exemplar da foto na verdade é o relançamento da Panini (edição histórica) mas esse detalhe não tira o encanto do momento. A matéria interna (do jornalista Marcelo Rafael) também é bem interessante e traz cronologia da personagem e uma ótima entrevista com o autor.
Um dia eu encontro o Maurício e mostro a minha edição original de Mônica nº1, que ainda mantém a aparência de um exemplar novo de banca ( e que já postei no início do blog: http://almanaquedomalu.blogspot.com.br/2009/07/mauricio-50.html

9 de março de 2013

A última entrevista de Chorão na 89 FM

divulgação
A 89 FM ressurgiu com tudo em 21/12/2012. Não que ela estivesse morta e enterrada, mas por vários anos deixou de ser a "rádio rock" para se tornar mais uma no dial a tocar na programação o pop comercial das paradas de sucesso. Voltou a tocar rock e chamou muita gente da antiga de volta, caso de Tatola e Maia. E foram justamente esses dois que Chorão resolveu visitar de surpresa no último dia 28 de fevereiro, acompanhado do filho. Demonstrou disposição e entusiasmo, andou de skate na emissora e conversou longamente com velhos amigos da rádio e com o diretor executivo Júnior Camargo, colega de vinte anos. A última entrevista de Chorão acabou acontecendo na rediviva 89 FM. Cinco dias depois, o fundador e mentor do Charlie Brown Jr., uma das poucas bandas que seguraram  a bronca do rock brasilis na entressafra da virada do século, foi encontrado morto em seu ap em São Paulo. O músico faleceu aos 42 anos.Ouçam sua derradeira entrevista, abaixo:
http://musica.uol.com.br/ultnot/multi/2013/03/08/04020C1A3368C4994326.jhtm

ps: Nunca curti muito a série sem fim Malhação na Globo, mas a música do Charlie Brown Jr, "Vou te Levar", que ficou por um bom tempo como abertura do programa, é para mim um dos melhores rocks brasileiros dos anos 90. Valeu, Chorão.
http://www.youtube.com/watch?v=MJHDIYg8L-4

5 de março de 2013

"Uma noite em 67" virou livro!

O III Festival da Record, de 1967, foi dentre os festivais, o mais rico e o mais dinâmico, basta rever o número de músicas participantes que viraram clássicos da nossa MPB: "Alegria, Alegria", de Caetano Veloso (4º lugar), "Roda Viva" de Chico Buarque (3º), "Domingo no Parque" de Gilberto Gil (2º) e Ponteio de Edu Lobo e Capinam (1º). Não é qualquer festival que tem um conjunto tão genial de composições. Sem contar a participação como intérprete de Roberto Carlos ("Maria, Carnaval e Cinzas" de Luis Carlos Paraná), a famosa "violada" de Sérgio Ricardo - o compositor, irritado com as vaias que não o deixavam se concentrar na apresentação de "Beto Bom de Bola", arremessou seu violão na platéia ( e que com isso, ganhou o prêmio "Momento Marcante" do festival - já virou post aqui: http://almanaquedomalu.blogspot.com.br/2010/05/sergio-ricardo-muito-alem-do-violao.html) - e a interpretação maravilhosa de Elis Regina para "O Cantador" (Dori Caymmi-Nelson Motta) que acabou arrematando o prêmio de "Melhor Intérprete". Neste festival também se prenunciou o movimento tropicalista, trazendo ao palco a mistura que iria explodir no ano seguinte, com Caetano e Beat Boys numa frente e Gilberto Gil e Mutantes em outra, confundindo e extasiando o público. O documentário "Uma Noite em 1967", de Renato Terra e Ricardo Calil ( já postado aqui: http://almanaquedomalu.blogspot.com.br/2010/07/uma-noite-em-67.html) retratou muito bem essa amálgama de talentos em um ano estratégico tanto política como musicalmente, selecionando cenas empolgantes com entrevistas tanto recentes como no calor do momento. Por se tratar de material riquíssimo (70 horas de gravação), os diretores se viram em mãos com depoimentos repleto de detalhes, que acabaram ficando de fora do filme. São essas entrevistas completas que viraram o livro homônimo do filme, lançado agora pela Editora Planeta. O foco é 1967 mas outros assuntos como festivais em geral e a própria moderna música brasileira que emergia dali são discutidos com pertinência. Os entrevistados são: Zuza Homem de Mello, Paulinho Machado de Carvalho, Jair Rodrigues, Chico Buarque, MPB4, Nana Caymmi, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Sérgio Ricardo, Edu Lobo, Marília Medalha, Capinan, Nelson Motta, Chico de Assis, Julio Medaglia e Ferreira Gullar. Um documento para se guardar.

4 de março de 2013

Mussum, Rivellino e o novo Fusca

Divulgação
A Almap se mantém como uma das agências mais criativas do mercado e esses dois comerciais do Novo Fusca comprovam essa aura. Além da ótima idéia de levar o Fusca, automóvel icônico da história automobilística brasileira, de volta aos anos 70, período auge do modelo, os comentários dos transeuntes ao redor do carro e as aparições relâmpagos de Mussum e Rivellino ( outros no auge da fama à epoca) dão o tom ideal de humor aos filmes. Desde já uma das melhores campanhas do ano.
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=QpC8BsyjEC0
http://www.youtube.com/watch?v=7pj9jb0QxbY


1 de março de 2013

Mônica 50 anos: exposições, homenagens, brinquedos retrôs e uma surpreendente descoberta da Folhinha

Folhinha de S.Paulo nº 51/ agosto de 1964: o suplemento infantil da Folha alavancou o sucesso da Mônica nos anos 60 (Divulgação)
Mônica vira cinquentona no próximo dia 03. Essa é a data oficial que está sendo divulgada pela imprensa. Mas no último domingo, a equipe da Folhinha ( que também fez 50 anos em 2013) ao pesquisar a história da personagem, se deparou com uma ilustração que divulgava a volta do Mauricio à Folha (onde iniciou-se nos quadrinhos em 1959). Nessa ilustração, publicada no dia 11/02, a turminha do Maurício aparecia completa, com todos os personagens criados até então. Pouca gente reparou, mas entre eles, estava também uma dentuçinha com seu coelhinho de pelúcia - ela iria estrear nas tirinhas da turma no dia 03/03 e faria tanto sucesso com seu jeito "mandão" e personalidade forte, que viraria não só a "dona da rua" mas também a personagem que daria nome à turma e a primeira que ganharia revista própria. Claro que a primeira tirinha vai ser sempre o ponto zero das comemorações, mas não deixa de ser um achado interessante para a História: vinte dias antes, a Mônica já estava prontinha para estrear e brilhar.
Os 50 anos prometem muitas atrações e homenagens durante todo o ano, entre eles:
- A partir do dia 26/02, começou no Memorial da América Latina uma exposição bem inusitada sobre o coelhinho Sansão, que acompanha a Mônica desde sempre e portanto faz 50 anos também; - Serão lançados brinquedos retrôs no mercado, como a primeira boneca Mônica.
- O teatro também verá a volta do famoso espetáculo "No mundo de Romeu e Julieta", originalmente de 1978; o espetáculo está previsto para abril.
-Os Correios emitirão uma coleção com 12 selos comemorativos, retratando a evolução da personagem ao longo dos anos;
- Já no início de março, uma revista comemorativa chega às bancas em edição especial; também está prometido um livro com todas as capas da revista mensal da Mônica.
- No Cartoon Network, o mês de março será comemorativo, com programação especial e vinhetas.
- Haverá uma grande exposição em São Paulo sobre os 50 anos, mas ainda não estão definidos o local e a data.
No link abaixo, a íntegra da Folhinha especial do dia 24/02, no blog Quadrinhada, que revela a primeira ilustração com a Mônica e vários fatos e curiosidades da personagem.
http://blogturminhadamonica.blogspot.com.br/2013/02/monica-e-folhinha-completam-50-anos-em.html