8 de fevereiro de 2014

A volta da Klaxon

Klaxon foi o periódico dos Modernistas.Teve nove números, entre 1922 e 1923, período em que essa turma atingia seu auge criativo e ativo. O "Mensário de Arte Moderna" chama a atenção já a partir da capa, com seu famoso "A" maiúsculo alcançando o topo da página, em uma solução gráfica assinada pelo poeta e artista Guilherme de Almeida que imaginou-a como a própria buzina (klaxon em inglês e francês - era uma antiga marca de buzinas externas em forma de trompa) e ponta de lança da vanguarda paulista. Estrondo, alarido, corte, rasgo - todo o visual utilizado dava indícios e ares de ruptura. A "equipe" de redação também enche os olhos: Mário e Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Guilherme de Almeida, Ronald de Carvalho, Menotti del Picchia, Antonio Carlos de Ribeiro Couto, Luiz Aranha, Rubens Borba de Moraes, Sérgio Buarque de Holanda - ou seja...a nata dos intelectuais modernistas, não citando aqui os colaboradores eventuais. Pois no final de 2013 está clássica ("kláxica?") revista teve todos os seus nove números reimpressos em versão fac-similar, numa bela caixa intitulada "Klaxon em Revista", com organização de Daniel Rangel e edição/impressão da Cosac Naify e o Instituto de Cultura Contemporânea. Além dos oito volumes ( os números 8 e 9 estão juntos numa edição, do jeito que saíram originalmente), a caixa traz ainda alguns extras, como os chamados "Extra-Textos", reproduções de obras de artistas envolvidos com o movimento, caso de Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Victor Brecheret, Anita Malfatti, Zita Aita, entre outros, um encarte de apresentação e uma edição especial que envolve todos os números da publicação. Esse grande documento histórico, envolto em invólucro tão caprichado, custa R$90,00 e saiu com 2000 edições. Quem quiser adquirir deve correr nas grandes livrarias. Na Cultura ( pelo menos no site) a caixa já estava esgotada.

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