3 de fevereiro de 2015

31º Prêmio Ângelo Agostini - Grandes encontros!

Geral do auditório (com Marcio Baraldi, de branco, Murilo M. Moutinho, com revista na mão, e Carlos Arafatt, de xadrez)
No último dia de janeiro, sábado à tarde, eu, meu filho-escudeiro Gabriel ( sempre acompanhando seu atrapalhado pai nesses programas quadrinísticos) e o Mario Mastrotti, pegamos o trem da CPTM rumo ao 31º Prêmio Ângelo Agostini. Mastrotti, que frequentou a premiação em tempos pioneiros, não ia a uma edição do evento faz um bom tempo. Logo que adentramos o Memorial da América Latina, um pouco depois das 13hs, já avistamos o onipresente Marcatti em uma grande roda no hall da biblioteca. Lá dentro, Luigi Rocco ( que apareceu por esses dias aqui no blog, via "tiras memory"), velho conhecido do Mastrotti, engatou um longo papo com o mesmo. Zanzei com o Biel entre as prateleiras da Comix ( que montou um pequeno espaço de venda no local) e a pequena mas interessante exposição com originais de quadrinhos africanos. Amigos foram chegando: o professor/colecionador André Luiz Aurnheimer, da Confraria do Gibi, diretamente do Rio para receber o prêmio Jayme Cortez, me apresentou ao confrade prof. Carlos Arafat e o paranaense Rafael Sallet, Os três estavam exaustos, depois de uma "tour" pela cidade em visita à sebos estratégicos. Figuras carimbadas da produção do evento estavam à postos: Bira Dantas, com sua fiel gaita, Jal, e Worney, distribuindo um pequeno fanzine com material do mestre Rodolfo Zalla ( o Gualberto só chegou horas depois). Marcio Baraldi, irrequieto como sempre, tirava foto com muita gente. Me apresentei ao presidente da Confraria do Gibi, Helio Guerra, que só conhecia via internet, e foi nesse exato momento que um encontro de "responsa" se fez: surgiu o agitado Dedy Edson na roda, embalando um papo com o Guerra que se fosse possível duraria dias: muito bacana ver dois dos maiores colecionadores do icônico personagem Fantasma, conversando ali, com o entusiasmo de dois guris. Logo em seguida, finalmente conheci pessoalmente o Toni Rodrigues, que estava acompanhado de sua esposa Laíse. Consegui conversar por um tempo com os dois, em um proveitoso bate papo logo acrescido de outros integrantes ilustres: Franco de Rosa e Fabio Moraes, outro que eu conhecia só da rede social. Esse último, aliás, fez um trabalho fantástico na edição definitiva do Zodíako, do mestre Jayme Cortez, que saiu a pouco em uma caprichada encadernação com direito a pôster interno. Tive a honra de conhecer também um dos homenageados do dia, Gustavo Machado, um ás do traço desde os tempos da Grafipar, e também um gentleman. Os outros dois "mestres" que seriam premiados logo mais, Carlos Edgard Herrero, um dos maiores desenhistas Disney do Brasil e Murilo M. Moutinho, grande capista dos anos 70, eu só avistei de longe, mas gostei de vê-los no evento: Moutinho sempre prezou pela discrição e Herrero não costuma aparecer em eventos de quadrinhos, salvo em data muito especial, o que era o caso. Outra conversa de muito conteúdo, dividi com os especialistas Ágata Desmond e Gonçalo Jr.. Foi com eles que soube que o desenhista José Geraldo, fundador de uma famosa cooperativa de quadrinhos nos anos 60 ( a CETPA, devidamente esmiuçada no livro do Gonçalo, "Guerra dos Gibis") falecera aos 89 anos em setembro do ano passado. Sobre seu passamento, não vi uma linha sequer na internet ou outro veículo. Cumprimentei rapidamente o "primo" Primaggio Mantovi ( vendendo seu Almanaque Rocky Lane, claro), a dupla criativa Will e Daniel Esteves e outro contemplado do prêmio, Laudo Ferreira -merecidamente, diga-se. Uma última apresentação, e essa até me emocionou - foi com o Zélio, acompanhado de sua esposa Ciça ( autora da famosa tira "O Pato"). Sempre admirei muito o estilo sutil dele, com um traço mais comedido que do seu irmão Ziraldo, mas não menos dinâmico e criativo. Comentei com ele inclusive, que estava justamente na semana, revendo minha pequena coleção da rara revista Urubu, publicação com sua produção, lançada em meados dos anos 60 e um elo perdido entre o Pif Paf  do Millôr e o Pasquim. Ele gostou de saber disso, pois abriu um simpático sorriso. Depois desse grande finale com o mestre - eu tinha um compromisso inadiável e não pude ficar para a entrega dos prêmios - conseguir hablar um pouco com o impávido Marcelo Alencar, recém chegado e todo prosa porque tinha finalmente conseguido uma assinatura no seu original do Herrero. Com pressa, só tive tempo de me despedir do meu "vizinho" Mastrotti, que além do Luigi, tinha agora a companhia do ótimo Vasqs, e trocar as últimas ideias com uma turma que se formara na saída: Meu amigo Wilson Simonetto (com seu filho, sempre), Edson Diogo - o mentor do Guia dos Quadrinhos ( que esse ano rola em março!) -, Celsão Comic Hunter e Marcião e esposa, do Emporio HQ. Uma tarde com ótimo clima, quem sabe inaugurando um ótimo ano para os quadrinhos brasileiros!
Curtam as fotos ( crédito: Gabriel Canos)
Mario Mastrotti, Bira Dantas e Marcos Massolini
Eu e  Confraria do Gibi ( Carlos Arafatt, Helio Guerra e André Luiz Aurheimer)
Com o polivalente Dedy Edson
Fabio Moraes, Marcos Massolini, Toni Rodrigues, Laíse Rodrigues e Franco de Rosa
Márcio Baraldi e Mario Mastrotti: o ABC presente!
Mesa com mediação de Bira ( do seu lado é o Gabriel Bá ou o Fabio Moon?)
Marcos Massolini, Gonçalo Jr. e Ágata Desmond, da Confraria do Gibi
Mario Mastrotti, Marcos Massolini, Luigi Rocco e Vasqs
Marcelo Alencar e o original do Herrero devidamente assinado

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