29 de setembro de 2017

Baú do Malu 72 : Adesivos do "Homenzinho Azul" de Cotonetes ( anos 80)


Essa cartela com 4 adesivos do icônico personagem dos comerciais de Cotonetes Johnson estava no fundo de uma caixa de sapato aqui em casa e pertence ao acervo da minha esposa Cris. Não sei se ela adquiriu comprando o produto ou se foi na época em que trabalhou na Lintas ( depois MPM Lintas e depois Lowe), a agência que criou esse simpático protagonista animado. Mais precisamente, o personagem foi criado em 1978, dentro da agência Lintas, por Edmar Salles e animado por Walbercy Ribas, da produtora Start Anima de Desenhos Animados. Foi um sucesso imediato e duradouro ( mais informações e o primeiro vídeo produzido para a marca no link abaixo)

http://mundodasmarcas.blogspot.com.br/2008/01/homenzinho-azul-cottonete.html

Laudir de Oliveira ( 1940-2017)

divulgação/Chicago
Neste mês de setembro faleceu um dos grandes músicos brasileiros, o percussionista Laudir de Oliveira, que fez fama no exterior e tocou com astros do jazz, da bossa, do rock e do pop. Além de membro fixo da banda Chicago por muitos anos ( uma de suas participações no link abaixo), tocou também com Joe Cocker ( logo no primeiro LP!), Chick Corea, Lee Ritenour, Sergio Mendes, Marcos Valle, Flora Purim, The Jacksons, Gerry Mulligan, entre outros. No Brasil, além de ter participado da primeira formação do Som Imaginário ( onde passou a bola para o amigo Naná Vasconcelos) e da  Sagrada Família com Luizinho Eça, tocou com Milton Nascimento, Hermeto Pascoal, Paulo Moura, Gilberto Gil, Gal Costa, Maria Bethânia, e tantos outros. Depois de mais de vinte anos lá fora, voltou há um tempo atrás para sua terra natal, Cacique de Ramos ( RJ), onde na juventude teve aulas relâmpagos com o mestre Moacir Santos e conheceu Baden Powell, Pixinguinha e João da Baiana, amigos da família. Estava em plena atividade e faleceu tocando, em um show em Olaria/RJ no dia 17/09. Pelo menos estava fazendo uma das coisas que mais gostava na vida. Adeus, mestre Laudir!

Links

Com Som Imaginário https://www.youtube.com/watch?v=GJBbDh5aebc

Com Chicago  https://www.youtube.com/watch?v=zlgpWhsEq3k

Com Chicago  https://www.youtube.com/watch?v=BXY2YKjXJ2Q

Com Sergio Mendes & Brasil 77 - https://www.youtube.com/watch?v=_JdHzIo6Rko

Com The Jacksons   https://www.youtube.com/watch?v=ULWjDOvEii4

Com Gilberto Gil  https://www.youtube.com/watch?v=BP_JAIYqiaI 

Com Marcos Valle ( e membros do Chicago) https://www.youtube.com/watch?v=qUWXuzHEn6Q

Em show no Brasil (2014) https://www.youtube.com/watch?v=csvAPgkuRnI




27 de setembro de 2017

II FLIQ - Feras do traço e festa dos quadrinhos em Limeira

Com o  "anfitrião" Renato Frigo
O fim de semana que passou foi especialíssimo. Além do show do Geraldinho Azevedo, já postado aqui, tive a oportunidade no domingo de viajar até Limeira com a family para prestigiar o II FLIQ ( Festival Limeirense de Quadrinhos) , organizado pelo amigo Renato Frigo. Embora com menos atrações e com menos público que no sábado,  curti demais o evento, que como bem disse o caricaturista Erico San Juan em um jornal local, promete se transformar em um polo dos quadrinhos no interior, assim como Piracicaba é para o cartum. Minha família adorou também, principalmente pela receptividade e simpatia com que foi recebida pelos artistas e profissionais convidados. Logo de início já topei com o lendário Marcatti, o "artesão dos quadrinhos brasileiros", que faz toda a produção e impressão de seus projetos artesanalmente em casa, e com o anfitrião Renato Frigo, responsável por toda a organização e logística do evento; na sequência só feras no caminho: Augusto Minighitti ( desenha muito!!), Pedro Mauro ( desenha muito!!2), Breno Ferreira ( de Limeira, tem um estilo muito próprio), Floreal Andrade ( meu amigo de muitas histórias, autor da série "Subúrbio" , emocionante, passional, antológica, sempre na medida), Spacca ( a sua humildade e generosidade vem na mesma proporção da sua importância para as HQs brasileiras). Aliás, com Spacca, Floreal e o editor Paulo Batista, que conheci no evento, saiu uma conversa mui substanciosa, que misturou Hilde Weber, Revista Animal, Carlos Lacerda, Tribuna da Imprensa, Lira Paulistana e Kães Vadius. Numa sala próxima, Celsão Comic Hunter e suas "raridades a rodo"; e lá no fim do corredor, a estande da Editora Noir ( com muitos e muitos lançamentos, incluindo o último projeto do "trator" Gonçalo Jr., sobre a vida do compositor Vadico. Gonçalo devia virar tese universitária pela sua rapidez e qualidade na escrita, um lançamento a cada dois, três meses! ) e da Abril - Paulo Maffia, presente, claro, lançando especialmente no FLIQ, o novo álbum capa dura da série dos "patos" com desenhos de Don Rosa. Nas andanças pude conhecer jovens talentos do traço e da literatura, quase todos do interior do Estado de SP e também um estande muito interessante - com mais raridades "brilhando" para meus olhos de colecionador -, da Comic City, loja situada em Campinas. Essas revistas raras e os autógrafos eu posto em uma outra oportunidade aqui no blog. Por enquanto fiquemos com as fotos tiradas pela minha filha Leticia, (acima e abaixo) e a galeria completa organizada e clicada pelo Augusto Minighitti, que além de estraçalhar no traço, é gente boa pra caramba e soube com precisão captar o clima festivo e de amizade proporcionado pelo II FLIQ ( muitos amigos só vieram no sábado). Valeu, Renato Frigo!

Com o "chapa" Floreal Andrade

Com Augusto Minighitti, o cara.

Com  o grande João Spacca

Álbum:

https://www.facebook.com/minighitti/media_set?set=a.10210369227135273.1073741879.1480491789&type=3&comment_id=10210381502722155&notif_id=1506484714196096&notif_t=comment_mention

25 de setembro de 2017

Geraldo Azevedo no Sesc Pinheiros ( 23/09/2017)


Geraldo Azevedo é um dos artistas da minha lista de preferidos que eu ainda não tinha visto ao vivo. No sábado, fui com os filhos e a patroa assisti-lo no Sesc Pinheiros, por preço módico de associado. E como eu gostei de ter ido! Se eu já desconfiava que Geraldinho era poeta dos bons, violonista dos melhores e vocalista que mantém a mesma qualidade por anos, ao vivo pude comprovar essas impressões. Fez um show de primeira, com algumas surpresas, cercado de uma banda competente e cheia de swing ( Banda Acústica). O baterista tinha um pé ( e as mãos) no jazz; o flautista/trompetista, diretor do show, super novo, mas com a firmeza necessária para acompanhar Azevedo na intrincada "Bicho de Sete Cabeças" ( já ouvi em muitos vídeos e discos, mas essa versão ao vivo, com direito a duelo entre os músicos, ficou matadora); o baixista cool até o osso; o guitarrista, canhoto, quase levitava em alguns solos; e o tecladista, discreto, mas que preencheu todos os vazios com muita sensibilidade. Três momentos que eu quase caí da cadeira: "Dia Branco" em versão bossa-nova; "Chorando e Cantando" logo no início, mantendo a força arrebatadora de uma das canções mais sensíveis feitas pelo pernambucano ( e das maiorais na lista minha e da minha esposa) e Sabor Colorido, perfeita na execução. Um show excelente, com pouco falatório e muita emoção. Geraldo Azevedo, mesmo cansado da apresentação anterior no Rock in Rio ( com Zé Ramalho e Elba Ramalho) fez um show digno de sua extensa carreira.

Aproveito o post para compartilhar um disco ao vivo do Geraldinho ( já dos anos 90) que eu adoro escutar , com uma gravação bem limpa,  e que eu conheci em CD no lançamento:



Fachada do Cine Central em São Caetano

O Cine Central, primeiro cinema de São Caetano, foi fundado em 1922 na Rua Perrella, atual Bairro Fundação, por Loris Balbo Santarelli ( avô de Atilio Santarelli, um dos que mais lutam pela preservação da memória da sétima arte no Estado de São Paulo). Encerrou as atividades em 1949 e na sequência vieram os Correios e o Ministério Público. Foi demolido em 1994 mas um pouco antes teve sua fachada preservada. E aí está ela nas fotos, ainda bonita, ainda vistosa, mas com pichações e desgastes em várias partes. pelo menos não foi arrancada dali.
Em tempo: dos imóveis que abrigavam os antigos cinemas de rua da região do ABC, quase todos estão ou abandonados ou descaracterizados completamente. O Cine Teatro Carlos Gomes, em Santo André estava em processo de revitalização, mas não sei em que pé ficou essa história. O imóvel do Cine Vitória, na Rua Baraldi em São Caetano está em estado lastimável. Outros cinemas viraram casas noturnas. E assim segue a carroça ladeira abaixo. Triste.





22 de setembro de 2017

Vô Ricardo 110 anos


Meu vô Ricardo estaria com 110 anos em 2017. Sua arte e sabedoria ainda embeleza minha vida. Quadros, apetrechos, ferramentas, vestimenta, chão. Meu vô deixou marcas profundas na vida de muita gente - sempre com simplicidade, suór e benevolência. Na minha, nem se fala! Obrigado, VÔ!!












19 de setembro de 2017

Goya na Caixa Cultural ( setembro de 2017)



No comecinho do mês fui à Caixa Cultural, local estratégico no centrão de São Paulo onde encontro o amigo João Buhrer em suas vindas esporádicas à capital. Enquanto o esperava, subi ao segundo andar para apreciar a fantástica exposição do mestre Francisco Goya (1746 - 1828). Sob curadoria de Mariza Bertoli, "Loucuras Anunciadas" traz 19 enigmáticas gravuras em pranchas realizadas em ´água-tinta, água-forte e ponta seca com brunidor, sobre chapas de cobre medindo 30,5 x 43,5 cm. Datadas entre 1815 e 1820, são as últimas obras gráficas de Goya, conhecidas posteriormente como "Pinturas Negras" e que anunciavam o ingresso do artista na arte contemporânea. Inicialmente eram 22 gravuras, que permaneceram inéditas até 1864, ano em que após passar por dois donos, foram vendidas para a Academia de Belas Artes de San Fernando, que acabou publicando sob o título "Provérbios", 18 gravuras da série em 360 exemplares As quatro gravuras restantes só apareceram na França em 1877, onde foram publicadas. Nesta exposição da Caixa aparece uma delas, a número 19, identificada como "Disparate da Besta". "Disparates" contém uma série de loucuras de difícil interpretação: violência , escárnio, visões oníricas, deboche ao regime vigente, críticas aos costumes e ao clero, sexo, e também prazer e júbilo. Um final fantástico, tétrico, transgressor, de um gênio da pintura.

Capa de um exemplar de "Los Proverbios" ( 1864)

















Não está na ordem, mas esta aqui é a citada nº 19